Robin Hood


A princípio quando fiquei sabendo que Russel Crowe e Cate Blanchett estavam envolvidos com essa produção, achei que os dois estavam meio passadinhos para interpretarem o grande fora-da-lei e sua donzela passiva. Porém, ao assistir a nova aventura de Robin Hood, lançada aqui no Brasil na última sexta-feira, percebi que este detalhe poderia ser relevado , pois afinal , quando Kevin Costner e Patrick Bergin fizeram cada um, uma versão do lendário arqueiro, eles também já estavam beirando os quarenta , embora os enredos dos dois filmes já focassem Robin Hood como um ladrão que roubava dos ricos para dar aos pobres, diferentemente dessa nova parceiria entre Ridley Scott e Russel Crowe.

Depois de estarem juntos em quatro filmes - entre eles o oscarizado Gladiador e mais recentemente O Gangster, Scott e Crowe decidiram se desafiar em mais um longa sobre o chamado "principe dos ladrões". Robin Hood é um projeto pessoal de Russel Crowe, que - apesar de não produzir o filme , esteve ligado a tudo - foi o próprio ator que ligou para Cate Blanchett oferecendo-lhe o papel de Lady Marion.

Praticamente todos os filmes feitos anteriormente sobre Robin Hood exaltavam sua ousadia e coragem ao saquear as riquezas dos mais abastados , para entregar para a camada mais carente da sociedade. Nesta produção de Ridley Scott , Robin Hood ainda não assumiu a alcunha de ladrão.

Durante o século XII, depois de participar do exército do rei Coração de Leão, Robin Longstride volta para sua terra natal, na parte norte da Inglaterra , com o auxílio de três companheiros – João Pequeno ,Grimes e Doyle . Lá fica sabendo que Nottingham pena nas mãos do xerife local. Posteriormente em meio a uma nova ameaça de invasão francesa à Inglaterra, o protagonista se junta a tropa de batalha do rei inglês para enfrentar os invasores, com a promessa de que o monarca libertaria seu povo da constante opressão. Em meio a tudo isso, nosso héroi assume a identidade de um combatente morto , o que acaba promovendo sua aproximação com a viúva deste, a outrora delicada Lady Marion (Cate Blanchett), que nessa releitura é uma valente camponesa que não teme em ir para a guerra.


Como em todo filme de época que possui muita ação, lá estão aquelas batalhas sangrentas, figurinos caprichados, cenários suntuosos e a câmera panorâmica sobre os soldados que estão indo enfrentar a tropa invasora.


A grande sacada do roteiro de Brian Helgeland, foi justamente por dar ao longa um ar meio de prequel (gancho que mostra o que aconteceu antes das conhecidas ações de um filme) - apesar dos atores centrais não serem mais tão jovens como se espera numa produção que se centra no passado.

Crowe e Blanchett , muito carismáticos diga-se de passagem , são atores que - se não possuem o físico e o vigor ideal para interpretarem heróis - enchem a tela com o enorme talento e a capacidade nata de trazer credibilidade até para uma produção onde o texto seja ruim.



Os veteranos Eileen Atkins (rainha Eleanor de Aquitaine) e Max von Sydow (Sir Walter Loxley) são atores de porte , que geralmente conferem elegância.

Somado a isso tudo, dois vilões: Sir Godfrey (Mark Strong)- que é um antagonista igual a todos os outros vilões de filmes de aventura - e o rei Jonh (Oscar Isaac), completamente cheio de manias e vontades e que certamente está ali apenas para fazer a platéia rir.

Apesar de não ser tão memorável quanto Gladiador, Robin Hood pode ser uma boa distração para se ver num final de semana e que pode trazer à lembrança do espectador a imagem de Maximus - o famoso personagem de Russel Crowe no vencedor do Oscar de melhor filme de 2000.






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